Lição 6
9 de Fevereiro de 2014
A
Peregrinação de Israel no Deserto até o Sinai
"Ora,
tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para
quem já são chegados os fins dos séculos"
(1
Co 10.11).
VERDADE
PRÁTICA
Os
erros e pecados de Israel servem-nos de alerta para que não venhamos a cometer
os mesmos enganos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
19.1-6; Números 11.1-3
INTERAÇÃO
Deus
libertou Israel da escravidão. Livre, o povo de Deus iniciou a sua jornada rumo
à Terra Prometida. O percurso escolhido pelo Senhor não foi o mais fácil,
porém, com certeza foi o melhor para os israelitas naquela ocasião, pois eles
não estavam preparados para enfrentar o inimigo. Deus é fiel e sempre cuidou
com zelo do seu povo, todavia, os israelitas a cada dificuldade sempre
murmuravam contra o Senhor. Nesta lição, veremos a chegada do povo de Deus ao
deserto de Sur, sua passagem por Mara e Elim até a chegada ao Sinai. O povo
precisava ser lapidado e o deserto foi uma escola para os israelitas. Os
hebreus tropeçaram muitas vezes até chegarem a Canaã, contudo Deus nunca os
abandonou. O Senhor é fiel!
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
·
Analisar a peregrinação de Israel pelo
deserto.
·
Saber como foi a chegada e a permanência
no monte Sinai.
·
Conscientizar-se de que a idolatria é
pecado.
INTRODUÇÃO
Nas
lições anteriores, vimos que a expressão "ouve filho meu" soa como um
Há muitos crentes que fazem a seguinte indagação: "Por que estudar as
lições do Antigo Testamento, sendo nós cristãos da Nova Aliança?" A
resposta a esta pergunta se encontra na Primeira Epístola aos Coríntios,
capítulo 10, versículos 1 a 12. Os fatos do Antigo Testamento são como figuras (1 Co 10.6,11), nos alertando para que não venhamos a cometer os
mesmos erros que o povo de Deus cometeu no passado. Então, estude com afinco
cada lição deste trimestre e jamais siga os caminhos da desobediência, rebeldia
e idolatria trilhados por Israel no deserto.
Na
lição de hoje, estudaremos a caminhada do povo de Deus até o Sinai. Veremos
como Deus guiou e sustentou seu povo que foi infiel, murmurador e idólatra. O
Senhor permaneceu fiel e cuidando dos israelitas.
I. - ISRAEL PEREGRINA PELO DESERTO
1.
Israel chega a Mara (Êx 15.23). O povo de Deus estava finalmente livre dos
egípcios e começava sua caminhada pelo deserto a caminho de Canaã. Depois da
travessia do Mar Vermelho os israelitas foram conduzidos por Moisés até o
deserto de Sur. Eles andaram três dias pelo deserto e as águas que encontraram
em Mara eram impróprias para beber. Descontente, o povo começou a murmurar
contra Moisés. Na verdade eles não estavam reclamando de Moisés, mas de Deus
(Êx 16.7,8). Muitos podem pensar que estão reclamando do seu líder, mas na
verdade estão reclamando contra aquEle que delegou autoridade ao líder: Deus. A
murmuração é uma característica negativa daqueles que não confiam no Senhor.
Moisés confiava na providência do Pai. Então ele orou e Deus lhe mostrou um
lenho. Moisés jogou o lenho nas águas e elas se tornaram boas para o consumo.
Segundo o Comentário Bíblico Beacon, "assim como Deus curou as águas
amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhes as necessidades
físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza
corrompida".
Israel
era uma massa de gente briguenta e sem fé que precisava ser lapidada pelo
Senhor para que se transformasse em uma nação santa. A lapidação veio com as
provações rumo ao monte Sinai.
2.
Rumo ao Sinai (Êx 16.1). Depois de Mara os israelitas foram para Elim e em
seguida para o deserto de Sim, que ficava entre Elim e Sinai (Êx 19.1,2). Esse
é um lugar inóspito, repleto de areia e pedra, porém um local perfeito para
Deus tratar do seu povo. Diante das dificuldades o povo volta a murmurar e quer
mais uma vez retornar ao Egito (Êx 16.2,3). Mas Deus é bom e misericordioso.
Ele mais uma vez supriu as necessidades do seu povo. Talvez você esteja sendo
também provado pelo Senhor. Este é um momento difícil, mas em vez de murmurar
adore ao Senhor. Você, assim como Israel, verá o sobrenatural de Deus em sua
vida. No deserto de Sim, Deus envia o maná ao seu povo. O maná não foi um
fenômeno natural, como alguns cogitam. Foi uma provisão especial de Deus. Esta
provisão apontava para Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu (Jo 6.31-35).
Deus
sustentou seu povo através do deserto não somente com pão, mas também com carne
e água. Em Refidim, Deus fez água jorrar da rocha (Êx 17.1-7). Ele é o nosso
provedor (Sl 23.1). Tudo que temos vem do Senhor, por isso devemos ser gratos a
Ele pela provisão. Depois de partir de Refidim, o povo, sob a orientação de
Deus, caminhou até o monte Sinai, onde os israelitas receberam a lei do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Os
hebreus foram lapidados mediante as provações que tiveram que enfrentar no
deserto.
II. - ISRAEL NO MONTE SINAI
1.
O monte Sinai (Êx 19.2). Este é um lugar especial para todo o povo de Deus. Ali
Deus revelou-se de modo especial a Moisés e a Israel e lhe entregou os Dez
Mandamentos. Ali os israelitas tiveram a revelação da glória e da santidade do
Todo-Poderoso. Tiveram também a revelação da sua natureza, da sua lei, da
expiação do pecado, da vontade divina e do seu culto. Todo o livro de Levítico,
que trata do ministério e do culto ao Senhor, teve o seu desenrolar no
acampamento do Sinai, ao pé do monte.
A
distância do Sinai a Canaã é de quase 500 quilômetros, e seria percorrida em um
curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou 38 anos. A demora decorreu
como parte do julgamento divino dos pecados de incredulidade, murmuração,
rebelião e desvio dos israelitas (Dt 2.14,15).
2.
A permanência no Sinai. No Sinai, Israel permaneceu, conforme as determinações
do Senhor a Moisés, cerca de onze meses. Durante sua permanência ali, Israel
caiu no abominável pecado da idolatria do bezerro de ouro (Êx 32.1-8,25). Com a
idolatria veio a obscenidade, a imoralidade e a prostituição. Este horrível
pecado de Israel é mencionado várias vezes através da Bíblia, sempre de modo
infamante como em 1 Coríntios 10.7: "Não vos façais, pois, idólatras, como
alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e
levantou-se para folgar." Apesar de Israel ter falhado, o eterno propósito
salvífico de Deus não falhou (Ef 3.11).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O
monte Sinai é um lugar especial para todo o povo de Deus. Ali, Deus revelou-se
de modo especial a Moisés e a Israel e lhes entregou os Dez Mandamentos.
III. - A IDOLATRIA DOS ISRAELITAS
1.
O bezerro de ouro (Êx 32.2-6). Moisés e Josué subiram ao monte Sinai para se
encontrar com o Senhor e receber dEle as tábuas da Lei. Ali eles ficaram muitos
dias, e o povo, com pressa em saber notícias, começou mais uma vez a reclamar e
a especular a causa da demora de Moisés e Josué. Não levou muito tempo para que
uma grande confusão fosse formada. O povo, liderado por Arão, pecou deliberadamente
contra o Senhor construindo um bezerro de ouro para ser adorado. Diversas
passagens bíblicas relacionam o ídolo aos demônios, e o culto idólatra ao culto
diabólico (Lv 17.7). Os ídolos sempre foram laços para o povo de Israel, a quem
Deus elegeu como seu povo peculiar aqui na terra.
2.
Cuidado com a idolatria. A Palavra de Deus em 1 João 5.21 nos adverte:
"Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!". O crente deve estar
vigilante contra a idolatria. Muitos pensam que idolatria é somente adorar a imagens
de escultura. Todavia, um ídolo é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus na vida
humana. Alguma coisa tem ocupado o lugar do Senhor em seu coração? Peça a ajuda
do Pai e livre-se imediatamente de toda idolatria. O apóstolo Paulo adverte a
igreja de Corinto para não se envolver com a idolatria, como o povo de Israel
no deserto (1 Co 10.14,19-21).
3.
A idolatria no coração. O profeta Ezequiel adverte-nos sobre isso em 14.2-4,7
do seu livro. O primeiro mandamento do Eterno em Êxodo 20.3, ordena: "Não
terás outros deuses diante de mim". Israel, antes de ser liberto e
resgatado da escravidão do Egito, pecou contra o Senhor, adorando a falsos
deuses (Is 24.2,15; Gn 35.2,4). Deus conhece o coração do homem e sabe da sua
propensão à idolatria. Precisamos vigiar, pois somente Deus deve ser único
dominador e rei em nosso coração.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Os
israelitas, liderados por Arão, pecaram deliberadamente contra Deus ao fundirem
o bezerro de ouro.
CONCLUSÃO
O
Salmo 106 relata os tropeços de Israel a caminho de Canaã, e a sublime história
da infinita misericórdia de Deus para com eles. Deus é fiel! Israel pecou e
cometeu muitos erros, porém os planos do Senhor em relação a Israel e a toda
humanidade não foram frustrados. Como crentes devemos repudiar toda forma de
idolatria, entronizando a Deus como único Senhor em nossos corações e mentes.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO-I
"O
povo murmurou contra Moisés.
A
liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Essas
pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era
contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração
mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e
entronizamos Cristo somente (Ef 4.31,32).
A
única coisa que Moisés poderia fazer era clamar ao Senhor. Não há dúvida de que
teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivessem
permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento
da fé. Aqui, as águas se tornaram doces, quando Moisés lançou um lenho nelas,
mas a fé de Israel continuou fraca. Desconhecemos método natural que explica
este milagre.
Deus
usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma
ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à sua
palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto
sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele
curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas e, mais importante que
tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito
de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte" (Comentário Bíblico
Beacon. vol 1. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 175).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO-II
“Maná”
A
palavra ocorre pela primeira vez em Êxodo 16.31. Em outra passagem no AT, todas
as versões inglesas traduzem uniformemente a palavra heb. como 'maná', o que é
meramente uma transliteração aproximada; mas em Êxodo 16.15 o termo é traduzido
como uma pergunta. 'Que é isto?' Evidentemente quando os israelitas o viram
pela primeira vez no chão, o apelidaram de 'O que é?', ou de forma coloquial
'Como se chama isto?', o que parece ser o significado literal com referência à
qualidade misteriosa do pão divino. O maná era pequeno, redondo e branco (Êx
16.14,31). Guardado para o dia seguinte ele comumente 'criava bichos e cheirava
mal' (Êx 16.20). Derretia quando exposto ao sol quente. Deveria ser apanhado
diariamente, pela manhã, um ômer por pessoa. No sexto dia o povo deveria juntar
o dobro, para prover para o sábado, quando nenhum maná seria dado. Neste caso
ele não criava bichos, nem cheirava mal durante o sábado.
Um
pote de maná foi apanhado e mantido como memorial desta miraculosa provisão do
Senhor para os israelitas ao longo dos 40 anos no deserto (Êx 16.32-35). Mais
tarde, um pote de ouro de maná foi colocado dentro da arca no Tabernáculo (Hb 9.4)"
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.75).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN,
Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo
por capítulo. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Extraído da Revista de EBD da Editora CPAD.
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