Lição
7
16 de
Fevereiro de 2014
Os Dez Mandamentos do Senhor
TEXTO
ÁUREO
"Porque
o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4).
VERDADE
PRÁTICA
A
Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu
sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.
HINOS
SUGERIDOS 262, 285, 306
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- Jo 1.16,17
A
lei de Moisés e a graça de Deus
Terça
- Rm 1.16,17
O
crente vive em Cristo a partir da fé
Quarta
- Gl 4.4,5
Cristo
veio alcançar os que estavam sob a Lei
Quinta
- 1 Co 1.30,31
Cristo
- sabedoria, justiça, santificação e redenção
Sexta
- Rm 10.8,17
A
fé pela Palavra quando crida e obedecida
Sábado
- Gl 2.16
A
justificação nos vem pela fé em Cristo
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
20.1-5,7-10,12-17
INTERAÇÃO
O
Decálogo expressa o propósito de Deus para o povo de Israel: uma nação que
andasse em justiça, odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso seguissem esse
estilo de vida, os judeus resplandeceriam como luz às nações vizinhas. Mas
Israel falhou nesta missão e voltou-se contra Deus. Entretanto, a queda do povo
judeu trouxe salvação aos gentios. Todavia, isso não deve orgulhar ou ensoberbecer
a Igreja do Senhor, representante do Reino de Deus no mundo; pelo contrário, a
comunidade dos santos deve temer a Deus e ouvir o conselho do apóstolo Paulo:
"Porque, se Deus não poupou os ramos naturais [Israel], teme que te não
poupe a ti também [Igreja]" (Rm 11.21).
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer
os propósitos dos Dez Mandamentos.
Compreender
o conceito de cada mandamento.
Saber
que os Dez Mandamentos referem-se a relação do homem com Deus e o próximo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado
professor, utilize o esquema abaixo para
concluir a lição. Os objetivos desta atividade são: recapitular os mandamentos
estudados e analisar as duas relações humanas implícitas no Decálogo.
Explique
à classe o quanto é óbvio que a interpretação dos quatro primeiros mandamentos
se distingue dos outros seis, pois os quatro primeiros tratam do relacionamento
do homem com Deus e os outros seis, do homem com o próximo. Conclua a aula
afirmando que, além do aspecto espiritual, o Decálogo apresenta um caráter
social da Lei cuja garantia da dignidade humana torna-se uma ordenança divina.
INTRODUÇÃO
Hoje
estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez
Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os
preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus
ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e
imutáveis, por isso precisamos conhecê-los.
I. OS
PROPÓSITOS DA LEI
1.
O Decálogo (Êx 20.3-17). O termo Decálogo literalmente significa "dez
enunciados" ou "declarações" (Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido
por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também escrito por Ele em duas tábuas de pedra
(Êx 31.18). O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É,
na verdade, um resumo da lei moral de Deus.
2.
Objetivos do Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes
objetivos:
a)
Prover um padrão de justiça. A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de
moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio
(Dt 4.8; Rm 7.12).
b)
Identificar e expor a malignidade do pecado. "Veio, porém, a lei para que
a ofensa abundasse"; isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20).
"Pela lei vem o conhecimento do pecado", ou seja, o conhecimento
pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). A lei não faz do ser humano um pecador,
mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade
do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da sua expiação pela fé em Deus
através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7).
c)
Revelar a santidade de Deus. O Senhor revela a sua santidade por intermédio da
lei mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele
revela a todo o mundo o seu seu amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm
5.8). A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4).
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
A
Lei de Deus, entregue a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel:
prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado;
revelar a santidade de Deus.
II.
OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)
1.
O primeiro mandamento. "Não terás outros deuses diante de mim" (Êx
20.3). Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus
(Dt 6.4). Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é
o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto
devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem
os anjos (Ap 19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. O
primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da
adoração somente a Deus (1 Co 8.4-6; 1 Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10).
2.
O segundo mandamento."Não farás para ti imagem de escultura" (Êx
20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas.
"Deus é Espírito", disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo
por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta
de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a
idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25). Na vida do crente, um
ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu
tempo e em sua vontade. Esse "ídolo" pode ser acúmulo de riqueza, a
busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela
popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando
espiritualmente por causa dos "ídolos do coração".
3.
O terceiro mandamento. "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em
vão" (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza;
seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito
à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de
modo banal, profano, secular e irreverente.
4.
O quarto mandamento. "Lembra-te do
dia de sábado, para o santificar" (Êx 20.8-11). O sábado era um dia de
descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath (cessar;
interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus "descansou" (literalmente
"cessou", no sentido de alguém interromper o que estava fazendo). A
expressão "lembra-te", usada pelo autor no versículo 8, indica que o
sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso
do trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). É importante ressaltar que
em o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como
dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como
um "sinal" do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado
assinala Israel como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A
respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são "sinais".
Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso
benefício físico e espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o
domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana
(Lc 24.1-3).
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
Do
primeiro ao quarto mandamento, o Decálogo apresenta leis para situar a relação
do homem com Deus.
III.
A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS
1.
O quinto mandamento. "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êx 20.12). Honrar
é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em
tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: "Para que se
prolonguem os teus dias."
2.
O sexto mandamento. "Não matarás" (Êx 20.13). No original, o termo
rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado.
Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At
17.25-28). Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e
espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a
maledicência e o falso testemunho (1 Jo 3.15). Atualmente há muitos que foram
atingidos mortalmente em sua honra e praticamente "morreram".
3.
O sétimo mandamento. "Não adulterarás" (Êx 20.14). Este mandamento do
Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao
matrimônio e à família. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um
cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a
prática do ato, o Novo Testamento vai além - condena os motivos ocultos no
coração que levam ao adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus
espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio
do Espírito Santo.
4.
O oitavo mandamento. "Não furtarás" (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se
oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda
forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É
preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no
viver, no agir, no proceder.
5.
O nono mandamento. "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo"
(Êx 20.16). Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade
no uso da palavra em relação aos outros. Falso testemunho é falar mal dos
outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11).
6.
O décimo mandamento. "Não cobiçarás" (Êx 20.17). Este mandamento é o
respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o
domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente.
Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um
desejo insano que precisa ser debelado.
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Do
quinto ao décimo mandamento, o Decálogo apresenta leis que tratam da relação do
homem com o próximo.
CONCLUSÃO
A
Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu
sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Teológico
“O
Dez Mandamentos”
Os
Dez Mandamentos, aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio
Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18;
Dt 4.13; 10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar
viver em retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao
mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na
Terra Prometida (Dt 41.14; 14 [...]).
(1)
Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem
as obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que,
como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem
obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9;
Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5; 10.12; 30.6). Conforme esses trechos do NT, os Dez
Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma
questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração [...].
Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão
exterior e em santidade.
(2)
Os preceitos civis e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de
Israel [...] já não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras
de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12;
22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios
espirituais a todas as gerações [...]" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio
de Janeiro: CPAD, 1995, p.145).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Bíbliológico
“A
Estrutura do Decálogo”
É
bastante óbvio que a intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da
intenção dos outros seis. Os quatro primeiros tratam do relacionamento com
Deus, enquanto os outros seis regulam relacionamentos interpessoais. Talvez
seja significativo que o mandamento acerca dos pais seja o primeiro no âmbito
interpessoal [...]. Ocorre uma guinada do Criador para o procriador; a vida de
uma pessoa se deve a ambos.
Ao
ser perguntado sobre o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser
organizados hierarquicamente), Jesus citou Deuteronômio 6.5: 'Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento' (Mt 22.37), o que reduziu o primeiro mandamento a uma única frase.
Apesar de não lhe pedirem maiores esclarecimentos, Jesus prosseguiu falando: 'e
o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo' (Mt
22.39). Isso condensa em uma única oração os últimos seis mandamentos. Observe
que Jesus insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma
profanação do amor? O amor não é algo a ser voluntariamente dado? Ao colocar o
amor num contexto de exigência ou mesmo de imposição, Jesus dá a entender que o
amor por Deus e pelo próximo se baseia na vontade, não em emoções.
Logo
após ser orientado por Jesus sobre o cumprimento do mandamento como requisito
para a vida eterna, o rico perguntou: 'Quais?' Jesus não disse nada sobre os
quatro primeiros mandamentos, mas apenas sobre o segundo grupo. Até mesmo a
ordem que eles são citados é interessante: sexto, sétimo, oitavo, nono e
quinto. A falta de amor entre irmãos impede a possibilidade do amor de Deus e
torna obscura qualquer expressão de amor por Deus (uma das mensagens de 1
João)" (HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.218-19)
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
HAMILTON,
Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
COHEN,
Armando Chaves. Comentário Bíblico Êxodo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
SAIBA
MAIS
Revista
Ensinador Cristão
CPAD,
nº 57, p.39.
Extraído da Revista de EBD da Editora
CPAD.
Quer ter um relacionamento santo com Deus? então pense nisto,
Eu e o
DECÁLOGO
1º Mandamento
Não
terei outros deuses diante de
mim.
2º Mandamento
Não
farei imagens de escultura.
3º
Mandamento
Não
tomarei o nome de Deus em vão
4º
Mandamento
Lembrarei do sábado, para
o santificar
5º
Mandamento
Honrarei o meu pai e a minha mãe.
6º
Mandamento
Não
matarei.
7º
Mandamento
Não
adulterarei.
8º
Mandamento
Não
furtarei.
9º
Mandamento
Não
direi falso testemunho.
10º
Mandamento
Não
cobiçarei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário