Um Lugar de Adoração a Deus no
Deserto
TEXTO ÁUREO
"E me farão um
santuário, e habitarei no meio deles"
(Êx 25.8).
VERDADE PRÁTICA
Deus deseja habitar entre nós, para que Ele seja o nosso Deus e para
que nós sejamos o seu povo.
HINOS SUGERIDOS 51, 124, 175
LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Êx 29.45,46
Deus habita no meio do seu povo
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S
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Terça - Êx 25.10-16
A Arca de madeira de cetim
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T
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Quarta - Êx 25.17-22
O propiciatório de ouro puro
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Q
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Quinta - Êx 25.23-30
A mesa de madeira de cetim
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Q
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Sexta - Êx 26.1-14
As cortinas do Tabernáculo
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S
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Sábado - Êx 26.31-33
O véu do Tabernáculo
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S
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Êxodo 25.1-9
INTERAÇÃO
O povo judeu viveu mais de quatrocentos anos no
Egito. Este reino era fundamentalmente idólatra. Como era de se esperar em
qualquer nação do mundo antigo, o Egito tinha templo, sacerdotes e todo um
sistema religioso que funcionava vigorosamente. Mas a nação de Israel ainda
não possuía uma religião sedimentada. Portanto, a influência egípcia na
cultura dos judeus era inevitável - vide os exemplos dos deuses egípcios como
fonte de apostasia para os judeus (Ez 20.5-9;
23.3,8,19-21,27),
o Bezerro de Ouro construído no Monte Sinai e a posterior adoração do bezerro
de Jeroboão I. Por isso, assim como o fez no Decálogo, Deus revelou
diretamente a Moisés um modelo para a construção do Tabernáculo. Ele deixou
claro que a sua habitação devia ser única, sem a mistura com o paganismo do
Egito.
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Deus queria habitar no meio de Israel. Por isso, ordenou a Moisés que,
juntamente com o todo o povo, construísse um lugar separado para adoração.
Trata-se do "Tabernáculo do Senhor", um santuário móvel que
acompanhou os hebreus durante sua longa peregrinação pelo deserto. Na lição de
hoje, estudaremos como ocorreu a construção desse lugar santo de adoração ao
Senhor.
1. O propósito divino. Depois da entrega da
lei, Deus ordenou que o seu povo edificasse um lugar de adoração. O objetivo
divino era aumentar e fortalecer os laços de comunhão com o seu povo Israel,
que Ele libertara do poder de Faraó no Egito. O Senhor assim age para que o
homem o conheça de forma pessoal e íntima (Jo
14.21,23).
2. As ofertas. O Tabernáculo seria
construído pelo povo de Deus, com os recursos que receberam pela providência
divina ao saírem do Egito (Êx 3.21,22; 12.35,36). Para a construção do Tabernáculo os
israelitas ofertaram voluntariamente e com alegria. A Palavra de Deus nos
ensina que o fator motivante para a contribuição do crente é a alegria:
"porque Deus ama ao que dá com alegria" (2
Co 9.7). O Senhor não se agrada de quem entrega a sua oferta e
dízimo contrariado ou por obrigação (Ml 3.10).
De nada adianta contribuir com relutância e amargura.
3. Tudo segundo a
ordenança divina (Êx 25.8,9,40).
O Tabernáculo
não foi uma invenção humana. Podemos ver que a partir de Êxodo 25, o próprio Deus instrui a Moisés
quanto à planta e os objetos do templo móvel. Moisés obedeceu a todas as
instruções, pois todo o Tabernáculo apontava para o sacrifício de Cristo na
cruz do Calvário. Simbolizava o plano perfeito de Deus para a redenção da
humanidade (Hb 9.8-11).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
As instruções para a construção do
Tabernáculo foram rigorosamente acatadas por Moisés segundo a ordenança divina.
1. O pátio. "Farás também o
pátio do Tabernáculo" (Êx 27.9).
Os israelitas precisavam aprender a forma correta de se chegar à presença de
Deus e adorá-lo. O pátio tinha o formato retangular, e indicava que, na
adoração a Deus, deve haver separação, santidade. Havia uma única porta de
entrada, que apontava para um único caminho, uma única direção. Isso prefigura
Jesus Cristo, que disse: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim,
salvar-se-á" (Jo 10.9). Jesus é
o caminho que nos conduz a Deus (Jo 14.6).
2. O altar dos
holocaustos. "Farás também o altar de madeira de cetim" (Êx 27.1). Ao entrar no pátio, o israelita
tinha a sua frente o altar do holocausto. Era uma caixa de madeira de cetim
coberta de bronze. Junto a esse altar o transgressor da lei encontrava-se com o
sacerdote para oferecer sacrifícios a Deus a fim de expiar seus pecados e obter
o perdão. O altar dos holocaustos tipificava Cristo, o nosso sacrifício
perfeito que morreu em nosso lugar (Ef 5.2;
Gl 2.20). Sem um sacrifício expiador
do pecado não há perdão de Deus (Lv 6.7;
2 Co 5.21). A epístola aos Hebreus nos mostra que o
sacrifício salvífico de Cristo foi único, perfeito e completo para a nossa salvação
(Hb 7.25; 10.12).
3. A pia de bronze (Êx 30.17-21). Na pia os sacerdotes lavavam suas mãos e pés
antes de executarem seus deveres sacerdotais. Mãos limpas: trabalho honesto;
pés limpos: um viver e um agir íntegros (Ef 5.26,27; Hb 10.22).
Precisamos nos achegar a Deus com um coração puro e limpo. Deus é santo e
requer santidade do seu povo. Deus não aprova o viver e o servir do impuro. O
servo de Deus deve ser "limpo de mãos e puro de coração" (Sl 24.4). Hoje somos lavados e purificados
pelo precioso sangue de Cristo que foi derramado por nós (1 Jo 1.7).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
No pátio do Tabernáculo localizava-se o altar
dos holocaustos e a pia de bronze.
1. O castiçal de ouro (Êx 25.31-40). Não havia janelas no Lugar Santo e a
iluminação vinha de um castiçal de ouro
puro e batido. Esta peça também apontava para Jesus Cristo, luz do mundo, e a
quem seguindo, não andaremos em trevas, mas teremos a luz da vida (Jo 8.12). O castiçal, em Apocalipse, simboliza
a Igreja (Ap 1.12,13,20).
As lâmpadas do castiçal ardiam continuamente e eram abastecidas diariamente de
azeite puro de oliveira (Êx 27.20,21) a fim de que iluminassem todo o Lugar
Santo. O azeite é um símbolo do Espírito Santo. Se quisermos emanar a luz de
Cristo para este mundo que se encontra em trevas, precisamos ser cheios,
constantemente, do Espírito Santo de Deus. "Enchei-vos do Espírito" (Ef 5.18) é a recomendação bíblica.
2. Os pães da proposição
e o altar do incenso (Êx 25.30). Havia uma mesa com doze pães e, todos os sábados, esses eram trocados.
Estes pães apontavam para Jesus, o Pão da vida (Jo
6.35). Precisamos nos alimentar diariamente de Cristo, e não apenas
no domingo. Tem você se alimentado diariamente na mesa do Senhor Jesus? Além
dos pães, próximo ao Santo dos Santos ficava o altar do incenso, um lugar
destinado à oração e ao louvor a Deus. Precisamos nos achegar ao Senhor
diariamente com a nossa adoração e nossas orações: "Suba a minha oração
perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o
sacrifício da tarde" (Sl 141.2).
3. O Santo dos Santos e
a arca da aliança (Êx 25.10-22). O Santo dos Santos era
um local restrito, onde somente o sumo sacerdote poderia entrar uma única vez
ao ano. A arca da aliança era a única peça deste compartimento sagrado. Era uma
caixa de madeira forrada de ouro. Durante a peregrinação pelo deserto os
sacerdotes carregavam-na sobre os ombros. A arca simbolizava a presença de Deus
no meio do seu povo. Erroneamente os israelitas a utilizaram como uma espécie
de amuleto.
Em Hebreus 10.19,20,
vemos a gloriosa revelação profética entre o Santo dos Santos, o Senhor Jesus e
o povo salvo da atualidade. O termo "santuário", no versículo 19, é literalmente, no original, "santo
dos santos".
No interior do
Tabernáculo ficava o castiçal de ouro, os pães da proposição, o altar do
incenso, o Santo dos santos e a arca da aliança.
Os israelitas, mediante o Tabernáculo, podiam
aprender corretamente como achegar-se a Deus, adorá-lo, serví-lo e viver para
Ele em santidade. Assim deve fazer a igreja, conforme Hebreus 10.21-23. O Senhor é Santo e sem santidade
nosso louvor e adoração não poderão agradá-lo.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"Análise Teológica
(do Tabernáculo)
Os materiais
necessários para o Tabernáculo e as vestes sacerdotais deviam ser doados de
bom grado pelo povo. A ninguém foi imposto uma dívida ou parte nos custos,
mas a doação era voluntária (25.1-7, com destaque para o v.2). A resposta ao
apelo de Moisés foi sensacional. Ao contrário de muitos ministros que várias
vezes imploram e bajulam por dinheiro, Moisés teve de impedir que o povo
continuasse doando. Foi, sem dúvida, uma grande demonstração de generosidade
por parte do povo (36.2-7)!
A descrição do
mobiliário do Tabernáculo começa pelas peças do centro e prossegue para as
mais externas, mas não de forma sistemática. Já nos trechos que descrevem a
efetiva construção, a ordem de execução difere da ordem das instruções.
[...] O próprio texto
de Êxodo devia nos servir de alerta contra uma excessiva interpretação
alegórica do Tabernáculo. Enxergar um significado oculto em cada mobiliário,
tecido, corrediças e cores, em vez de exegético, não passa de
especulação" (HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2006, pp.249,50).
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VOCABULÁRIO
Sedimentada: Processo de formação e acumulação de camadas sólidas.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos
Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O
reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2007.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57, p.40.
Extraído da Revista de EBD da Editora
CPAD.