Pr. Dalmo Almeida

Pr. Dalmo Almeida
Servo do Senhor Jesus

sábado, 26 de novembro de 2011

Lição 9 (27-nov-2011) A Organização do Serviço Religioso



INTRODUÇÃO

Hoje temos em nossas igrejas pessoas que estão brincando com Deus, mesmo com suas vidas todas erradas estão nos púlpitos das igrejas pregando e louvando a Deus de qualquer maneira, temos que acordar e sair desta situação negra, Deus não permitirá que tais pessoas manchem a Igreja que custou preço de sangue, sangue de Cristo, se você se encontra nessa situação, ainda é tempo de concerto, peça perdão a Deus, volte para o banco e aprenda tudo de novo (como ser Santo)

Deus exige santidade de todos e nós que estamos constantemente no altar de Deus devemos ter a santidade como conduta de vida diária.


Nesta lição, você aprenderá sobre a função dos sacerdotes e levitas, e, analisar seus deveres no culto ao Senhor. Havia três tipos de sacerdócio: o sumo sacerdote, os sacerdotes comuns e os levitas. Os sacerdotes tinham que ser descendentes de Arão. Os levitas descendiam de Levi. Segundo Champlin, todos os sacerdotes eram levitas, porém, nem todos os levitas eram sacerdotes (2001, p. 5201). Estes homens eram os responsáveis pela ministração do culto ao Senhor. Deus queria que Israel fosse uma nação santa, “um reino sacerdotal” (Êx 19.6). Assim, Deus “nomeou a Arão e seus filhos para constituírem o sacerdócio” (RENOVATO, 2001, p.113).

I - FUNÇÕES DOS SACERDOTES

O ofício sacerdotal judaico foi estabelecido pelo Senhor nos dias de Moisés (Êx 28.1, 41; 29.9,30; Lv 10.1,2; Nm 3.4; 1Cr 24.2) mas antes da instituição do sumo sacerdócio e do ofício sacerdotal, lemos do sacerdócio de Melquisedeque (Gn 14.18). Não há dúvidas que “funções” sacerdotais eram realizadas nos tempos prémosaicos pelo chefe da família como Noé, Abraão e Jó. Um sacerdote era um ministro autorizado que ministrava no altar e em outros ritos cultuais (VINE, 2002, p. 272). Segundo o dicionário exegético e expositivo do Antigo Testamento VINE, a palavra kõhen “sacerdotes” aparece 741 vezes no AT. Um sacerdote cumpria deveres sacrificiais, ritualísticos e cultuais. Ele representava o povo diante de Deus. Vejamos algumas atribuições dos sacerdotes:

  • Agiam como professores ou mestres da Lei (Lv 10.10,11; Dt 33.10; 2Cr 5.3; 17.7-9; Ez 44.23; Ml 2.6-9);
  • Discerniam a existência de lepra e efetuavam o rito de purificação “um tipo de médico” (Lv 13-14);
  • Determinavam os castigos por assassinatos e outras questões civis (Dt 21.5; 2Cr 19.8-11);
  • Eram os responsáveis pela ministração do culto ao Senhor (Lv. 16:1-32);
  • Serviam como intercessores entre o povo e Deus, e ofereciam sacrifícios pelos pecados, visando à reconciliação com o Senhor (Êx 30.7; Lv 16.11; 15-17; Nm 3.3; 2Cr 13.11);
  • Consultavam a Deus pelo povo, buscando discernir a vontade do Senhor (Dt 33.8; Nm 27.21);
  • Deveriam viver em santidade e ser irrepreensíveis no seu viver (Lv 21.16-21).

II - FUNÇÕES DOS LEVITAS

Os levitas foram os responsáveis pela solenidade da dedicação dos muros de Jerusalém após a reconstrução (Ne 12.27-29). Existe uma distinção óbvia entre os sacerdotes e os levitas. Na ordem hierárquica da cultura judaica, os levitas ocupavam o segundo lugar, após os sacerdotes, em comparação com os demais israelitas. (HARRIS, 1998, p. 780). Os levitas eram os descentes de Levi e os responsáveis pelos cultos de adoração a Deus. Somente os levitas estavam autorizados pelo Senhor a servir no tabernáculo. De conformidade com a legislação mosaica, alguns dos deveres dos levitas no tabernáculo são:

  • Levar a Arca da Aliança (1Sm 6.15; 2Sm 15.24);
  • Realizar vários serviços no tabernáculo (Êx 38.21; Nm 1.50-53);
  • Servir Arão e seus filhos “os sacerdotes” (Nm 3.9; 8.19);
  • Eram responsáveis pela música e liturgia no tabernáculo (Ne 12.27-29; 7.44, 67; 1Cr 15.16, 17, 22);
  • Eram os guardas do templo (1Cr 9. 26; 26.17);
  • No tempo de Esdras e Neemias ensinavam a Lei ao povo (Ne 8.7-8; cf. Dt 31.25; 33.10).

III - O CULTO DEVE SER CONDUZIDO COM REVERÊNCIA

O propósito do culto ao Senhor é de que ele seja glorificado e reverenciado como um Deus de amor, caridade e respeito. “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4.23). Assim como nos dias de Esdras e Neemias, os cultos hoje são sistemas particulares de adoração religiosa com referências especiais a rituais e cerimônias. O culto é o ponto central de uma religião e eventualmente assume formas e símbolos que revelam mais claramente o caráter distintivo da religião. Dois fatores importantes do Culto a Deus encontramos no livro de Neemias:

  • Adorar a Deus. É a forma de prestarmos culto ao nosso Deus. Portanto, existem alguns propósitos no culto. No Antigo Testamento observa-se a maneira de adorar : (Êx 4.31; 34.8; Lv 10.3; I Cr 16.29; II Cr 7.3; Ne 8.6; Ec 5.1);
  • Ter comunhão. Podemos observar com clareza no livro de Neemias a comunhão entre os israelitas durante a reconstrução dos muros e depois também. É o vinculo de unidade fraterna, mantido pelo Espirito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo Jesus (II Co 13.13; I Jo 1.3). Do grego “Koinonia”, lat. “Comunicare”, significa “comunicar.” Comunhão também significa cooperação. Exemplos de adoração: (Hb 11.21; II Sm 12.20; II Cr 20.18; Jó 1.20).

IV - DEUS NÃO MAIS ACEITA SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS

No AT o sacrifício de animais (Hb Thusia) era parte de um ritual que o sumo sacerdote realizava para purificar o povo israelita (Êx 30.7; Lv 16.11; 15-17; Nm 3.3; 2Cr 13.11). O sacrifício de animais não mais é aceito pelo Senhor, pois o maior sacrifício já foi feito através da morte de Cristo na cruz por nossos pecados (Jo 3.14-16; Ef 5.2; Hb 9.23-25; 10.12) Sabemos que os elementos para o culto e a adoração estão agora centrados na oração, no louvor, confissão de pecados, leitura bíblica, pregação, Ceia do Senhor e contribuições.

V - A ADORAÇÃO NO CULTO DO AT

No Antigo Testamento a liturgia do culto, ou seja, a adoração era realizada da seguinte forma:

  • Os sacrifícios levíticos - Holocaustos (Lv 1; 6.8-13; 8.18-21;16.24), Oblação (Lv 2; 6.14-23); Oferta de Paz (Lv 3; 7.11-34), Oferta pelo pecado (Lv 4.1; 5.13; 6.4-30; 8.14-17; 16.3-22), Sacrifício de restituição (Lv 5.14-6.7; 7.1-6);
  • No tabernáculo - A adoração pública de Israel começou por ocasião da observância da páscoa, no Egito. Essa adoração girava em torno do tabernáculo ou da tenda da congregação. (Êx 3.4; Dt. 16.13; At. 7);
  • Nas festividades religiosas - A adoração a Deus, por parte de Israel, concentravam-se quase toda em torno das grandes festas religiosas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos (Lv 3.1-44);
  • Nos sacrifícios - Desde o começo os holocaustos faziam parte da adoração bíblica. Quando da revelação dada no Sinai, eles receberam uma forma organizacional de âmbito nacional. As ofertas foram divididas em Levítico em várias categorias, a saber: os holocaustos ou ofertas queimadas; as ofertas de manjares; as ofertas pelo pecado; e as ofertas pela culpa. (Lv 16.15-34);
  • No templo - Quando os israelitas entraram na terra prometida, houve a localização da adoração, a princípio em Siló, e mais tarde em Jerusalém (At. 2.43). A adoração no templo de Jerusalém seguia as diretrizes básicas da adoração na tenda, porém, melhor organizada, especialmente no tocante ao sacerdócio. A grande contribuição da adoração no templo foi o desenvolvimento do lado musical e poético. (II Sm 6:5 e I Cr 25);
  • Na Sinagoga - A destruição do templo de Jerusalém, por ocasião do exílio, criou uma nova situação; o aparecimento das sinagogas. As sinagogas tiveram prosseguimento em Israel e nas terras da dispersão. Visto que a adoração sob a forma de sacrifícios só podia ter lugar em Jerusalém, foi mister a criação de uma nova forma de adoração, nas sinagogas (Mt 4.33; Mc 3.1; Lc 4.38; Jo 18.20).

VI - A ADORAÇÃO NO CULTO DO NT

Os Evangelhos pressupõem as formas de adoração nativas ao judaísmo no começo do século I d. C. Isso significa que o templo continuava ocupando o lugar na adoração primitiva do NT (Jo 4.21). Zacarias pai de João Batista, era sacerdote, e a revelação divina lhe foi dada quando ele estava cumprindo o ritual do ministério no templo (Lc 1.5). José e Maria tiveram cuidado de observar a lei da circuncisão e a lei da purificação (Lc 2.21).

Quando Jesus criticava a adoração que se efetuava no templo, fazia-o contra os abusos daqueles que corrompiam e contaminavam essa adoração propriamente dita. Por isso, que ele expulsou do templo os cambistas e negociantes (Jo 2.17). A Igreja primitiva também tinha uma liturgia de adoração a Deus (At 2.38-47).

CONCLUSÃO

Assim como fez Neemias, cultuemos ao Senhor reverentemente. O culto a Deus não pode ser feito de qualquer maneira. Como sacerdotes de Cristo (1Pe 2.9) sejamos santos e irrepreensíveis em toda nossa maneira de viver. Que possamos estar sempre restaurando “os muros” da nossa vida e glorificarmos a Deus em tudo (Mt 5.16).

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia de Estudo Pentecostal. São Paulo: CPAD, 1995.

LOPES, Hernandes Dias. Avivamento urgente. Vitória: Vida, 1994.

______, Hernandes Dias. Neemias o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006.

FRESTON, Paul. Neemias: um profissional a serviço do reino. São Paulo: ABU, 2003.

PACKER, J. I. Neemias paixão pela fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

RENOVATO, Elinaldo. Neemias integridade e coragem em tempos de crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.